quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Extensão Rural em São Tomé e Príncipe




Entre 16 e 25 de setembro, o gerente de planejamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Gelson Soares, e o professor José Norberto Muniz, sociólogo da Universidade Federal de Viçosa (UFV) estiveram na República Democrática de São Tomé e Príncipe, no continente africano, como objetivo de apoiar técnicos do Ministério da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural na implantação do Programa Nacional de Extensão Rural – PRONER com o foco no desenvolvimento sustentável.


Através de um Termo de Cooperação Técnica entre a Agência Brasileira de Cooperação Técnica (ABC) do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e do Governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe, a EMATER-MG e a UFV conduziram uma missão técnica que criou no país uma estrutura de Assistência Técnica e Extensão Rural dentro do Ministério da Agricultura o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Rural (CADR ).


Segundo Gelson, o CADR irá coordenar todo o trabalho de extensão rural que será realizado pelas instituições públicas e pelas ONG's. Também foi criado o estatuto e regimento interno do órgão que agora está em fase licitatória de compra de veículos equipamentos de informática além da contratação de profissionais para o trabalho de extensão rural.


Ainda segundo Gelson este ano a EMATER-MG e a UFV enviarão mais 02 missões àquele país “Vamos realizar capacitação de técnicos santomenses em Planejamento Estratégico dos serviços de extensão rural e também na criação do Programa Nacional de Alimentação Escolar, com produtos da Agricultura Familiar”. Hoje as principais cadeias produtivas do país dão cacau, café, banana e pescado.


Para o presidente da Emater-MG e da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), José Silva Soares, o programa de alimentação escolar foi o primeiro a ser escolhido pois o principal objetivo do país é garantir a alimentação da população que hoje vive em um nível extremo de pobreza. “O desafio da Extensão Rural no país é promover o desenvolvimento sustentável através da preservação do meio ambiente, valores culturais e éticos, gerar renda e garantir a segurança alimentar” disse o presidente.


Segundo José Silva, outro trabalho importante que será realizado no país através do trabalho de extensão rural é organizar os agricultores familiares em grupos, pois trabalhando em grupos terão maior produtividade e lucro. “Os a criação de programas e inclusão políticas públicas também serão construídas em conjunto, precisamos saber o que a população precisa e trabalhar com elas as dificuldades através das trocas de saberes entre os técnicos e agricultores” finaliza Silva.

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