
As agricultoras familiares do Programa Talentos do Brasil vão apresentar seus trabalhos em Paris, na França. As peças são da Coleção Talentos do Brasil - Mãos que Refazem o Mundo e serão exibidas durante o Salão Prêt-à-Porter, entre os dias 04 e 07 de setembro.
A expectativa é que a exposição resulte na conquista de clientes e parceiros no mercado europeu. A participação do Talentos do Brasil no Salão Prêt-à-Porter também vai ajudar a fortalecer os objetivos do programa, que visa a organização produtiva das agricultoras familiares, a estruturação da gestão do produto e do mercado. Segundo a coordenadora nacional do Talentos do Brasil, Patrícia Guimarães o programa também “visa a valorização das técnicas, das habilidades e da riqueza da diversidade brasileira das matérias primas em cada ponto do País. O principal foco é o mercado e a sustentabilidade das mulheres.”
As trabalhadoras rurais que fazem parte do Talentos do Brasil usam matéria prima encontrada no meio rural brasileiro para fazer roupas e acessórios. Maria Tavelarino, de Marajó, no Pará, é artesã da Associação Flor de Marajó, e produz peças feitas com fibra de Tururi. Segundo a artesã o trabalho começou há 15 anos. “Achamos uma fibra muito forte, resistente, bonita, aí começou o trabalho. Daí foi só crescendo, crescendo e descobrimos uma feira aqui em Brasília. Para mim está sendo uma satisfação, uma alegria imensa, uma oportunidade de nós trabalharmos.” Conta a artesã.
Além do Pará, o programa vai levar produtos de grupos de artesãs de outros estados, como Tocantins, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Talentos do Brasil
O programa Talentos do Brasil é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário e é gerenciado pela Asbraer desde agosto de 2008. Conta ainda com a parceria da Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Cooperação Técnica Alemã GTZ e Sebrae.
Segundo o presidente da Asbraer, José Silva Soares, o programa tem como objetivo estimular a troca de conhecimentos e geração de renda e emprego. “O programa trabalha a profissionalização e autonomia das mulheres e, como conseqüência vem gerando lucro e valorizando a identidade cultural das comunidades” diz o presidente.
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